A nova monografia da Sociedade Americana de Engenharia de Serviços de Saúde (ASHE), intitulada “Reduzindo os Custos Operacionais através da Eficiência Energética: Dicas, Melhores Práticas e Estudos de Caso dos Hospitais Energy Star®”, foi recentemente tema de um artigo do site da revista Health Facilites Management.
Composto de 80 páginas, o texto foi assinado por Kara Brooks, gerente do programa de sustentabilidade da Sociedade Americana de Engenharia de Cuidados de Saúde; Peter K. Dahl, diretor do grupo de energia e infraestrutura HGA; Ryan W. Ollie, gerente de soluções de energia da Advocate Health Care; e Joshua Brackett, gerente de projetos especiais no Baptist Health System.
Os autores reuniram orientações de especialistas de áreas e localidades diferentes. Algumas delas são comuns e já foram exploradas, como a mudança para diodos emissores de luz (LEDs), que usam menos da metade da potência de lâmpadas fluorescentes e têm uma expectativa de vida de 50.000 a 100.000 horas. Outras são menos discutidas e há aquelas que devem ser consideradas pelos hospitais, visando à maior eficiência energética e mais economia.
Antes de mais nada, uma organização de saúde tem de analisar seu estado atual de sustentabilidade antes de implementar quaisquer medidas corretivas. Depois de concluir a autoavaliação e identificar as áreas potenciais de desperdício operacional, os profissionais da instalação podem desenvolver uma estratégia para medir e rastrear o uso, contando com uma equipe interdepartamental para ajudar a desenvolver planos de ação e implementar mudanças.
As primeiras sugestões da ASHE se referem aos edifícios existentes de saúde. O uso de termostatos de controle aparece como dica inicial. É fato: os pacientes querem controlar a temperatura de seus quartos, assim como o time clínico. Por isso, é essencial desenvolver um padrão interno que considere as necessidades clínicas sem gastar muito nem afetar o conforto das pessoas.
O St. Anthony Hospital, em Lakewood, Colorado, economizou 38 mil dólares por ano apostando em termostatos nas salas de pacientes, nas salas de cirurgia e no processamento central estéril. Nos espaços que atendem muitos usuários diferentes, como refeitórios e salas de espera, lobbies, lounges e corredores, os termostatos devem ser configurados para um ponto de ajuste comum, que seja aceitável para a maioria das pessoas.
Reduzir os fluxos de ar é outra orientação na busca pela economia de energia. Mas essa diminuição deve ser confirmada por um engenheiro e documentada para mostrar que as exigências de mudança de ar e pressão em um espaço da saúde foram mantidas e seguem as normas específicas.
Otimizar os refrigeradores também é outro truque para evitar gasto energético. Geralmente, eles funcionam de forma contínua, independentemente das condições – e não precisa ser assim! O VA Medical Center de Syracuse, em Nova York, atualizou seus resfriadores e adicionou um sistema que privilegia a eficiência com base nas condições atuais. Um algoritmo pega dados sobre temperatura, umidade e outros fatores e calcula a temperatura mais eficiente.
Já no Centro Médico Masônico Advocate Illinois, em Chicago, a tradicional malha do resfriador primário / secundário foi substituída por um sistema primário variável, que “libera” água sob medida para atender a carga de resfriamento, em vez da contínua circulação de água.
Os conhecidos sensores de ocupação aparecem como solução para serem instalados em escritórios, depósitos, banheiros, enfermarias, espaços de trabalho e salas de descanso acendendo e desligando automaticamente as luzes e a ventilação quando os ambientes estão ou não em uso.
No entanto, eles são proibidos em áreas onde um desligamento acidental colocará em risco um ocupante. Um parente próximo do sensor de ocupação é o sensor de calor. O St. Anthony Hospital colocou sensores de calor no exaustor da cozinha para que o ventilador não funcione quando não for necessário.
Trocadores de calor ou serpentinas que extraem calor, mesmo que em pequenas quantidades, do ar ou da água e voltam para o hospital, onde é usado para aquecer a água quente doméstica ou o ar que entra no manipulador de ar, também são indicados, assim como inversores de frequência variável. Estes economizam energia em bombas e ventiladores operados por motores de corrente alternada.
Para manter operações com eficiência de energia ao longo do tempo, o relatório sugere também o monitoramento diligente no sistema de automação predial (BAS) por um operador treinado. Alternativamente, deve-se apostar nos diagnósticos de detecção de falhas (FDD), que usa software de análise para coletar continuamente dados de desempenho do BAS e identificar possíveis falhas. Estas são identificadas avaliando um conjunto de algoritmos aplicados com base na configuração do sistema.
Na próxima semana, serão comentadas as orientações para novas construções. Aguardem!